quarta-feira, 24 de abril de 2013

Elisabeth Kubler-Ross e os 5 passos para superar PERDAS

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Segundo Elisabeth Kubler-Ross, experiências com a morte podem ser descritas em 5 estágios: negação (isolamento), raiva, barganha, depressão e aceitação, conhecido como "Modelo de Kubler-Ross". 
 
Podemos pensar neste processo, diante de qualquer tipo de perda importante em nossas vidas, seja ela por: separação, doença, mudanças significativas, amputações, dentre outras. Faz com que passemos por uma avalanche de emoções para posteriormente conseguirmos nos organizar e dar um novo sentido em nossas vidas.
 
1ª fase: negação/isolamento
A primeira reação psicológica que Kübler-Ross detectou nas entrevistas com doentes em fase terminal foi a negação. O doente, quando confrontado com a notícia de que tinha uma doença potencialmente mortal, reagia negando a própria verdade que lhe tinha sido comunicada. Kübler-Ross constatou que o doente entrava num estado de choque inicial e, logo de seguida, verbalizava a impossibilidade do acontecido. A negação funciona como uma defesa perante a possibilidade da morte, mais ou menos próxima. O doente não quer acreditar no que está a acontecer, há uma ameaça que é necessário negar para continuar a vida. Contudo, a negação não é definitiva e muitos doentes irão ultrapassá-la e aceitarão a dura verdade.

2ª fase: raiva
Após um período inicial em que a negação está presente no discurso e ação do doente, este poderá enveredar por sentimentos de raiva e cólera, questionando-se intrinsecamente: “por quê eu?”. Esta fase é bastante difícil, tanto para a família, como para os profissionais de saúde. O doente vocifera críticas agressivas contra os profissionais de saúde e inclusive contra a própria família. Para Kübler-Ross há que promover a tolerância perante as reações de raiva do doente. Sublinha que temos que aprender a escutar o doente e aceitar os seus acessos de raiva, percebendo que se encontra a expressar sentimentos de alívio
 
3ª fase: negociação
Segundo Kübler-Ross, esta fase é a menos conhecida, mas muito importante para o doente durante um curto período de tempo. Nesta etapa, o doente abandona as reações de raiva e adopta a estratégia de negociar mais tempo de vida, prometendo normalmente a entidades divinas mudanças de comportamento. Alguns doentes tentam obter um alargamento do seu tempo de vida para concretizarem um objectivo específico. Apesar da relativa frequência com que os doentes estabelecem promessas com Deus para adiar o seu fim, Kübler-Ross alerta para os indícios de culpa que esta reação emocional esconderá na sua natureza. Nalgumas circunstâncias, o doente poderá estar a martirizar-se e a fazer mais promessas – ir mais vezes à igreja, tornar-se melhor mãe ou pai –, numa tentativa de remissão de erros que pensa ter cometido no seu passado.
 
4ª fase: depressão
Quando já não é mais possível negar a doença, quando o doente se encontra bastante debilitado e, mais uma vez, foi internado no hospital, poderá ocorrer uma fase de depressão. Segundo Kübler-Ross, há dois tipos de depressão que merecem atuações diferentes por parte dos profissionais de saúde e da própria família: O doente poderá estar com uma depressão reativa porque simplesmente está preocupado com os cuidados aos filhos pequenos que estão em casa, a quem não pode ajudar por se encontrar hospitalizado. Nesta situação, Kübler-Ross sugere que se incuta ânimo no doente e, no caso referido. Noutras ocasiões, o doente poderá encontrar-se numa depressão preparatória. Com esta reação, o doente está a preparar-se para o seu fim, para a perda do que mais ama na vida. Nesta etapa, o silêncio e a presença amiga são fundamentais na ajuda ao doente. Esta depressão pode ser necessária para o doente entrar numa fase de aceitação do fim da sua vida. Em certas circunstâncias, ocorre uma dissociação entre a vontade da família em desejar a vida do seu familiar e a vontade do doente em partir.
 
5ª fase: aceitação
Esta fase representa o culminar de todas as reações emocionais do doente em fase terminal. É um “baixar das armas”, uma rendição do doente perante a iminência da morte. Para Kübler-Ross, muitos doentes, quando ajudados, alcançarão esta fase, apresentando uma necessidade de acompanhamento em que a comunicação verbal é quase nula. Para além disso, a esperança, como veremos em seguida, apresentasse como traço comum que atravessa as várias fases emocionais do doente em fase terminal.



Elisabeth Kubler-Ross psiquiatra suíça, radicada nos EUA, ficou famosa mundialmente por seus escritos e trabalho com a terminalidade da vida, enfim uma expert em assuntos sobre a morte e o morrer.
Em 1969, escreveu o seu livro mais importante e que causou grande impacto na área dos cuidados de saúde, On Death and Dying (Sobre a Morte e o Morrer), em que fala dos estagiários pelos quais as pessoas passam quando estão na fase final de vida: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação.
Autora de mais de 20 livros, que foram traduzidos em 26 idiomas, foi escolhida pela Time Magazine em 1999 como " um dos 100 mais importantes pensadores do século XX.
 
 
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